O helicóptero levantou voo a partir de um hospital nos arredores de Amesterdão e sobrevoou o país, que está a ser assolado pela pandemia, em direção a uma unidade de cuidados intensivos, em Munster, na Alemanha, dá conta a Associated Press (AP).
Nos últimos dias o número de novas infeções aumentou drasticamente no país, passando de 24,58 casos confirmados por 100.000 habitantes, em 07 de outubro, para 47,74 por 100.000 habitantes em 21 de outubro.
O porta-voz do hospital de onde partiu o paciente, Peter Pels, disse que transportar pessoas além-fronteiras é uma medida de último recurso, mas que se tornou necessária depois de a maioria dos hospitais na região de Almere ter esgotado a capacidade de receção de cidadãos nos cuidados intensivos.
Este foi o primeiro de dois pacientes que tinha como destino a Alemanha, na sexta-feira.
"Preferimos não transportar pacientes porque é muito drástico, até para a família", explicou o responsável, acrescentando que é, porventura, necessário para "manter a qualidade [dos cuidados] e a segurança dos tratamentos".
"Infelizmente, é necessário", completou.
Contudo, o número de infeções na Alemanha também não está controlado.
Na sexta-feira o país contabilizou mais 11.242 novos casos, pouco abaixo dos 11.278 registados na quinta-feira.
O rácio de casos confirmados por 100.000 habitantes é agora de 60,3.
Em simultâneo, o país apenas tem 8.100 camas livres em unidades de cuidados intensivos, com cerca de 21.500 ocupadas, de acordo com a Associação Interdisciplinar Alemã para os Cuidados Intensivos e Emergência.
Há ainda uma reserva de 12.700 camas que poderá ser ativada dentro de sete dias, se os números continuarem a subir e este tipo de internamentos também.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.