Quase nenhum passageiro vestia coletes salva-vidas, indicou o porta-voz da Direção de Informação e Relações Públicas das Forças Armadas (DIRPA), Coronel Mactar Diop, numa declaração emitida ao final do dia de domingo e citada pela agência Efe.
"A embarcação e os passageiros todos foram colocados à disposição da polícia para efeitos de investigação", acrescentou Diop.
O governo senegalês admitiu na semana passada que vem a observar "com pesar o aumento da imigração clandestina por mar" e anunciou o reforço das operações de vigilância marítima.
A 23 de outubro último, uma canoa naufragou após sofrer uma explosão no motor em águas senegalesas, quando tentava chegar às Ilhas Canárias.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou na passada quinta-feira que, pelo menos, 140 pessoas morreram no naufrágio, mas o Governo senegalês considerou a informação "infundada", um dia depois, com o argumento de que apenas foram encontrados os corpos de seis pessoas.
De acordo com o projeto da OIM "Missing Migrants", estima-se que este ano tenham chegado às Ilhas Canárias 11.000 pessoas, número que compara com 2.557 no mesmo período do ano passado.
Fontes da Guarda Civil Espanhola, que juntamente com a polícia espanhola mantém um dispositivo no Senegal para controlar fronteiras e fluxos migratórios desde 2006, disseram à Efe que tem vindo a verificar-se "muitas tentativas" de migrantes alcançarem a Europa a partir daquele país, e pelo menos três canoas chegaram às Ilhas Canárias nos últimos meses.
Em 2006, durante a chamada "crise da canoa", mais de 32.000 pessoas chegaram à Europa, provenientes principalmente do Senegal, Mauritânia e Marrocos, utilizando barcos de pesca tradicionais.