Cuomo, salientando que as novas restrições entram em vigor sexta-feira, adiantou também que serão impedidas festas privadas com mais de 10 pessoas e que as medidas são necessárias porque uma boa parte dos contágios pelo novo coronavírus ocorre a partir daqueles setores de atividade.
Apenas os serviços de 'take away' serão permitidos após aquele horário no estado que foi o epicentro da pandemia durante a primeira vaga de covid-19.
A decisão de Cuomo surge numa altura em que a taxa de infeção de covid-19 continua a subir em Nova Iorque, onde, terça-feira, foram hospitalizados 1.628 infetados e 21 pessoas morreram.
"Estamos a assistir ao que já se previa durante meses: um aumento nacional e global e Nova Iorque é apenas um só barco neste mar de pandemia", sublinhou Cuomo, assinalando que as medidas procuram a "simetria" com as aprovadas pelas autoridades de Nova Jérsia e Connecticut, estados limítrofes, para evitar que as pessoas frequentem os espaços.
Cuomo adiantou que a taxa de resultados positivos nos testes de diagnóstico subiu para os 2,9%, num total de 164 mil realizados nas últimas 24 horas, e que há 1.628 pessoas hospitalizadas em todo o estado, o número mais alto desde meados de junho, com mais de 300 em unidades de cuidados intensivos.
Na vizinha Nova Jérsia, a taxa de casos positivos situa-se em torno dos 5%, com as autoridades a proibirem os restaurantes de servir no interior a partir das 22:00 locais.
Em Newark, núcleo urbano próximo de um dos aeroportos que servem Nova Iorque, foi decretado o recolher obrigatório.
Sobre as medidas, o 'mayor' de Nova Iorque, Bill de Blasio, advertiu que esta é a "última oportunidade para travar uma segunda vaga" da pandemia no estado e pediu para que se aja agora após um aumento da taxa de casos positivos para 2,52%.
Nova Iorque, que foi o estado norte-americano mais afetado pelo novo coronavírus nos primeiros meses da pandemia nos Estados Unidos, já deixou de ser o que regista maior número de casos -- conta atualmente com cerca de 536 mil, mas atrás do Texas, Califórnia e Florida -, mas é o onde se registou o maior número de óbitos, quase 34.000.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (239.695) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 10,2 milhões) em todo o mundo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.275.113 mortos em mais de 51,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.