O chanceler, em referência à testagem em grande escala na vizinha Eslováquia, afirmou à rádio pública ORF que o seu governo decidiu "seguir o mesmo caminho".
Dois terços da população foi testada há duas semanas, sendo que os resultados revelaram um pouco mais de 1% de casos positivos.
No sábado, Kurz anunciou o reforço das medidas contra o vírus na Áustria, com o encerramento de escolas e lojas não-essenciais a partir de terça-feira e até 06 de dezembro, a fim de travar o surto de contaminações, e exortou os seus concidadãos a evitarem qualquer tipo de contacto.
Já hoje, explicou que os testes em larga escala podem permitir que o país reabra em dezembro, sem especificar se esse programa estaria na mesma escala da Eslováquia.
"Queremos estabelecer testes em grande escala no final do confinamento para que as escolas e outros setores possam reabrir com segurança", apontou o chanceler, acrescentando que os professores estariam entre os primeiros a serem testados.
"Sabemos que muita gente se preocupa com poder comemorar [o Natal] no mínimo, com pelo menos alguns dos seus parentes", prosseguiu.
O Governo vai dar mais detalhes sobre o projeto na próxima semana, que será um "desafio logístico", segundo Kurz.
O chanceler foi criticado por demorar em aplicar ações mais drásticas no outono, quando o surto começou a crescer novamente.
O confinamento parcial foi introduzido há duas semanas, sem conseguir travar a propagação do vírus.
Com 8,8 milhões de habitantes, a Áustria foi relativamente poupada na primeira vaga da pandemia, mas a segunda vaga está a colocar uma grande pressão nos hospitais do país.
As autoridades registaram hoje 5.665 novos casos -- um número menor do que nos dias anteriores -- e, pela primeira vez desde 02 de outubro, o número de infeções ativas diminuiu.
Porém, o número de pacientes em Unidades de Cuidados Intensivos (quase 600 pessoas) aumentou 30% numa semana.
No total, 1.829 pessoas morreram devido à covid-19 na Áustria, de acordo com o boletim oficial.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.