Em conferência de imprensa, para dar conta dos números da Covid-19 na Europa, Hans Kluge, diretor regional da OMS, afirmou que "as vacinas não vão matar o vírus", embora representem "uma grande esperança na luta contra a Covid-19".
“A Europa soma 28% dos casos de Covid à escala mundial e 26% dos mortos. Uma pessoa morre a cada 17 segundos pelo novo coronavírus na Europa", afirmou, referindo que, apesar destes dados preocupantes, "os confinamentos devem acontecer só em último recurso", uma vez que estes têm levado a outros problemas como o consumo excessivo de álcool e a implicações na saúde mental.
"Se conseguirmos que 95% da população use máscara, os confinamentos podem ser evitados", disse.
In the past 2 weeks, COVID-19 deaths have increased by 18 per cent. Last week, Europe registered over 29,000 new COVID-19 deaths. That’s one person dying every 17 seconds in the European Region from COVID-19. @hans_kluge
— WHO/Europe (@WHO_Europe) November 19, 2020
Hans Kluge afirmou ainda que a vacina "não é a fórmula milagrosa" contra a Covid-19 e que embora representem uma grande esperança na luta contra a pandemia, esta não irão "acabar definitivamente" com o vírus. Recorde-se que também o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, já havia alertado para esta situação, referindo que uma vacina "por si só não será suficiente" para derrotar a pandemia de Covid-19.
Defendeu, ainda, a necessidade de manter as escolas abertas durante a pandemia de covid-19. "Devemos assegurar o ensino aos nossos filhos", afirmou Hans Kluge, sublinhando que as crianças e adolescentes não são impulsionadores principais do contágio e que o fecho de escolas não é eficiente.
Por fim, lembrou ainda que a quadra festiva que se aproxima será "diferente" daquilo a que estamos habituados e pediu a todos que sejam conscientes sobretudo para proteger aqueles que lhes são mais próximos, nomeadamente a população mais idosa.