"Hoje, penso no povo americano, nos meus colegas diplomatas e nos funcionários públicos em todo o mundo", disse Linda Thomas-Greenfield.
E acrescentou: "Quero dizer-vos que a América está de volta, o multilateralismo está de volta, a diplomacia está de volta".
Linda Thomas-Greenfield, de 68 anos, é um dos nomes já avançados para a futura administração norte-americana liderada por Joe Biden, que hoje oficializou em Wilmington, no estado de Delaware, as suas escolhas, nomeadamente ao nível da diplomacia e da segurança nacional.
Oriunda do estado do Louisiana, Linda Thomas-Greenfield foi secretária de Estado adjunta para os Assuntos Africanos (2013-2017) durante a administração (democrata) de Barack Obama e por um breve período de cinco dias na administração (republicana) de Donald Trump.
Também foi embaixadora dos EUA na Libéria durante as administrações de George W. Bush (republicano) e de Barack Obama.
A sua ligação aos serviços da política externa norte-americana retoma à época do Presidente (republicano) Ronald Reagan, na década de 1980.
"A minha mãe ensinou-me a liderar com o poder da bondade e da compaixão para fazer do mundo um lugar melhor. Levei comigo essa lição ao longo da minha carreira ao serviço da política externa e, se confirmada, farei o mesmo como embaixadora junto das Nações Unidas", declarou a propósito da sua nomeação pelo Presidente eleito e vencedor das eleições presidenciais do passado dia 03 de novembro, Joe Biden.
O representante diplomático dos EUA junto da ONU é um dos vários cargos da administração norte-americana que precisa de ser confirmado pelo Senado (câmara alta do Congresso norte-americano).
Desde que assumiu a liderança da administração norte-americana, em janeiro de 2017, o ainda Presidente norte-americano em funções, Donald Trump, lançou críticas ferozes ao sistema multilateral das Nações Unidas e às agências que o integram.
Redução de financiamento e processos de saída de algumas agências, como foi o caso da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 2019, e mais recentemente, da Organização Mundial da Saúde (OMS), são apenas alguns dos episódios da relação administração Trump-ONU.
A posse de Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos está marcada para 20 de janeiro de 2021.