Vários visons que foram recentemente abatidos na Dinamarca, por causa dos receios de uma mutação do coronavírus nestes animais, estão a emergir das valas onde foram enterrados. Esta situação deve-se à formação de gases durante o processo de decomposição das carcaças dos visons.
“À medida que os corpos entram em decomposição, podem formar-se gases. Isto faz com que as carcaças expandam um pouco. Desta forma, nos casos mais graves, os visons podem ser impulsionados para fora do solo”, indicou Thomas Kristensen, um porta-voz da polícia dinamarquesa, em declarações ao meio estatal DR.
“É um processo natural. Infelizmente, um metro de solo não é apenas um metro de solo – depende do tipo de solo de que falamos. O problema é que o solo arenoso da Jutlândia do Oeste é muito leve. Por isso, tivemos de colocar mais terra por cima”, acrescentou Kristensen.
Mas há outra questão que está a preocupar a população desta região dinamarquesa. Alguns meios de comunicação locais revelaram que os milhares de visons abatidos poderão ter sido enterrados perto de lagos e de reservas de água subterrâneas. Algo que está a gerar medo de uma possível contaminação do solo e de reservas de água que é consumida pelas populações.
“Parece que ninguém sabe as consequências disto. Devo admitir que acho que é preocupante”, afirmou Susan Münster, uma responsável da agência estatal da água, ao Jyllands Posten. Pelo menos dois autarcas locais já exigiram que as carcaças dos visons sejam desenterradas e incineradas, fez notar Münster.