Os norte-americanos tiveram de reinventar o Dia de Ação de Graças naquele que é o país mais afetado pela pandemia, com mais de 12 milhões de cidadãos contagiados e mais de 260 mil mortos.
O feriado movimenta todos os anos milhões de pessoas dentro do território norte-americano, no entanto, tal não vai ser possível em 2020.
A pandemia impôs uma realidade que não é compatível com grandes reuniões familiares e há, inclusive, estados onde as restrições implementadas para mitigar a propagação do SARS-CoV-2 o impedem. Há, por isso, famílias que optaram por reunir a família através de videoconferência, dá conta a Associated Press (AP).
Contudo, o Dia de Ação de Graças deste ano não é apenas diferente por causa das limitações. Várias escolas enfrentaram escassez de funcionários porque ou estavam infetados e, por isso, impossibilitados de ir trabalhar, ou estavam em casa a cumprir isolamento porque estiveram em contacto com uma pessoa que estava contagiada.
O regresso às aulas presenciais acabou por ser interrompido em várias partes do país, que voltaram ao formato online.
A tradicional parada do Dia de Ação de Graças da rede de lojas de departamentos Macy's foi reduzida e, ao contrário de outros anos, foi vocacionada para as audiências televisivas, para não apelar às grandes aglomerações de pessoas.
O facto de a parada decorrer já é uma surpresa, uma vez que este é um dos poucos eventos que decorreu este ano em Nova Iorque, uma das cidades mais afetadas em todo o país e com algumas das restrições mais severas para mitigar a propagação do novo coronavírus.
"Os feriados fazem com que seja um pouco mais difícil [suportar a pandemia]" disse à AP Harriet Krakowsky, uma residente de 85 anos da Hebrew Home at Riverdale, em Nova Iorque, que expressou a saudade pelas celebrações de outros anos.
"Choro, mas acabo por ultrapassar isto", concluiu.