Presidente da Guiné-Bissau exige fim de casamento precoce no país

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exigiu hoje o fim do casamento precoce no país, salientando que as meninas não podem casar antes dos 20 anos e disse que o lugar das crianças é na escola.

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Lusa
28/11/2020 21:28 ‧ 28/11/2020 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

 

"Ponham as crianças na escola. Não quero ouvir mais falar em casamentos precoces. Estão proibidos de dar em casamento meninas com 14 e 15 anos. Elas têm de casar com o homem que quiserem, que gostarem", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente guineense falava em Gabu perante milhares de pessoas que se reuniram na pista do antigo aeroporto da cidade para receber o chefe de Estado, que regressou à sua terra natal quase um ano depois de assumir a chefia do Estado guineense.

Segundo um estudo da organização não-governamental Plan Internacional, divulgado em 2018, quase 40% das guineenses menores de 18 estão casadas.

O estudo refere que o casamento infantil é uma fórmula que os pais adotam para salvaguardar a reputação da família, que pode ser posta em causa pelo início precoce da atividade sexual.

A legislação guineense determina que a idade para casar é a partir dos 16 anos, mas a Guiné-Bissau ratificou todas as convenções internacionais sobre os direitos das crianças e todas eles estipulam que a idade para casar é a partir dos 18 anos.

"Vocês, régulos, têm de acabar com o casamento precoce. As meninas têm é de ir para as escolas. Casamento é a partir dos 20 anos", disse o chefe de Estado guineense.

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