"Este ano o Natal não pode ser como sempre. Lembre-se que oito pessoas é a nova norma para todas as situações sociais e isso também se aplica à véspera de Natal e ao Ano Novo", disse o primeiro-ministro social-democrata Stefan Lofven.
Lofven recomendou evitar novos contactos e reuniões com "poucas pessoas e o menos possível", durante períodos curtos, mantendo a distância e de preferência ao ar livre, além de evitar viagens de comboio e autocarro.
"A situação continua grave no nosso país. O risco de aumento do contágio nos finais de semana é grande", alertou o diretor da Agência de Saúde Pública (FHM), Johan Carlson.
O limite de oito pessoas em eventos públicos foi uma das medidas anunciadas no mês passado por Lofven, juntamente com a proibição da venda de bebidas alcoólicas a partir das 22:00 e o encerramento de bares, restaurantes e discotecas às 22:30.
Essas restrições, que foram seguidas esta semana pelo encerramento temporário dos estabelecimentos de ensino, mostram uma reviravolta na estratégia sueca, até então baseada em muitas recomendações e algumas proibições, apelando à responsabilidade.
A elevada mortalidade registada na Suécia, que não recomenda o uso de máscaras, em comparação com o resto dos vizinhos nórdicos, tem gerado críticas às autoridades, embora mais fora do que dentro deste país escandinavo.
A Suécia registou 297.732 infeções e 7.200 mortes desde o início da pandemia, com uma incidência de 696 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, informou hoje a FHM.
"Parece que nos aproximamos de uma espécie de planície", disse Karin Tegmark Wisell, chefe de departamento da FHM, que manteve o cenário anunciado há duas semanas de que a curva de contágio atingirá o pico em meados deste mês.
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