Os profissionais de saúde "perderam tudo e estão refugiados em zonas consideradas seguras", havendo 41 unidades hospitalares encerradas, das quais 27 estão destruídas, segundo Armindo Tiago, citado hoje pela Televisão de Moçambique.
A situação criou uma segunda preocupação para o setor da saúde, além da covid-19, lamentou o ministro, durante um encontro com parceiros de cooperação, que visava abordar estratégias para área.
A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil deslocados, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.
A Organização das Nações Unidas anunciou na sexta-feira que precisava de 254 milhões de dólares (207 milhões de euros) para garantir a assistência humanitária às populações deslocadas devido a violência armada em Cabo Delgado.