AAlemanha quer acelerar a produção de vacinas contra a Covid-19, com o objetivo de minimizar o atraso no combate à pandemia que a Europa tem face ao Reino Unido e aos Estados Unidos, avança esta segunda-feira a Bloomberg. Deste modo, os países membros aproximam-se também da intenção de acelerar o fim da pandemia.
Segundo a publicação, apesar de as campanhas de vacinação terem já começado gradualmente no continente, as autoridades estão preocupadas com o ritmo lento da distribuição. Tal pode, consideram, levar a restrições mais longas e mais danos futuros na economia.
O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, já referiu, em entrevista ao canal ZDFesta segunda-feira, que o país "está a trabalhar intensamente para produzir na Alemanha mais doses da vacina". Já em fevereiroa Alemanha poderá aumentar a capacidade produtiva em Marburge, caso consiga, "a quantidade de vacinas produzidas será considerável".
Também a Itália - um dos países europeus mais afetados pela pandemiado novo coronavíruse onde este se manifestou mais cedo - planeia contar com um centro de produção em Pomezia, nos arredores de Roma.
"Wir haben die Pandemie bis hierhin gemeinsam durchgestanden & das sollten wir auch bis wir allen ein Impfangebot machen können", so @jensspahn @BMG_Bund. Er mahnt davor, zwischen Geimpften & Nicht-Geimpften zu unterscheiden & fordert #Solidarität. #CoronaImpfung pic.twitter.com/Mo8lWyLKQv
— phoenix (@phoenix_de) December 28, 2020
De recordar que foi descoberta uma nova estirpe docoronavírusSARS-CoV-2, identificada no Reino Unido, e apresentada como mais contagiosa. A estirpebritânicado vírus já foi tambémdetetada, pelo menos, na Suécia, Itália, Holanda, Alemanha, França, Espanha, Noruega e no Japão. Foram já detetados18 casos na Madeira.
Na sequência da identificação desta nova variante doSARS-CoV-2, diversos países, dentro e fora da Europa, decidiram suspender as ligações, nomeadamente aéreas, com o Reino Unido, uma lista que tem vindo a aumentar.
Grande parte da União Europeia (UE) começou a vacinação contra aCovid-19 no domingo, numaaçãoque será desenvolvida de forma gradual e cuja primeira fase incidirá sobre as pessoas mais vulneráveis, idosos ou profissionais de saúde especialmente expostos ainfeções.
Em Portugal, vive-se hoje o segundo dia de vacinação.A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu aos jornalistas que Portugal não foi atingido pelos atrasos que ocorreram esta segunda-feira em Espanha e noutros sete países, devido a um "problema logístico" na fábrica da Pfizer emPuurs, na Bélgica.
"Portugal recebeu já a quantidade de vacinas desta segunda entrega que estava prevista e, portanto, não fomos atingidos por esse transtorno na entrega que terá atingido outros países", afirmou, lembrando, contudo, que o processo de distribuição das doses é "complexo".