"Vai demorar anos, não meses, a vacinar o povo norte-americano" ao ritmo atual, considerou Biden, através de uma declaração transmitida na rede social Twitter, a partir de Wilmington, no Delaware.
O 'dedo' foi apontado ao que Biden considera ser a falta de esforços reais da administração do Presidente cessante, o republicano Donald Trump, na campanha de vacinação, que ficou "muito aquém" do previsto.
Por isso, o Presidente eleito, que vai ser empossado em 20 de janeiro, prometeu aumentar o ritmo da vacinação contra a covid-19 cinco a seis vezes, até um milhão de inoculações por dia.
Contudo, o antigo vice-presidente dos Estados unidos durante a administração de Barack Obama (2009 -- 2017) reconheceu que "vai levar meses" até que a generalidade da população norte-americana esteja vacinada.
Biden prometeu também um "esforço muito mais agressivo para levar as coisas para o caminho certo".
"Vou mover o céu e a Terra para nos colocar na direção certa", acrescentou.
Os Estados Unidos da América (EUA) lançaram a maior campanha de vacinação da história do país em meados de dezembro. A vice-presidente eleita, Kamala Harris, seguiu o exemplo do Presidente eleito, o democrata Joe Biden, e do vice-presidente cessante, o republicano Mike Pence, que também foram vacinados em público para encorajar a população a fazer o mesmo.
Neste momento, o país já tem duas vacinas em circulação: a da farmacêutica Pfizer (em parceria com a BioNTech) e a da Moderna.
Contudo, já há outros fármacos, nomeadamente a da Johnson & Johnson, cujos ensaios clínicos já estão na fase final, que deem pedir dentro de poucos dias a aprovação de emergência da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla inglesa).
Cerca de 2,1 milhões de pessoas já receberam a primeira injeção de uma das duas vacinas que estão em circulação, de acordo com dados divulgados hoje pelos Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa).
Este número, no entanto, está bastante longe da meta traçada pelo Presidente cessante dos EUA, o republicano Donald Trump, que prometeu que haveria 20 milhões de norte-americanos vacinados até ao final do ano.
"Estamos abaixo do patamar em que gostaríamos de estar", vincou o conceituado epidemiologista norte-americano Anthony Fauci, uma das figuras proeminentes do combate à pandemia nos Estados Unidos, que disse também esperar que a partir de janeiro seja possível colmatar este atraso.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (334.967) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 19,3 milhões).
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