De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, foi detetada esta variante do SARS-CoV-2 numa mulher, de 23 anos, que regressou a Xangai (China) a 14 de dezembro, proveniente do Reino Unido.
O caso foi descoberto a 24 de dezembro, no dia em que a China anunciou a suspensão de voos com o Reino Unido, tendo já sido rastreados os contactos que a mulher teve, incluindo os passageiros e tripulantes do voo onde seguiu viagem.
Para o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, a entrada desta variante na China "representa uma séria ameaça à prevenção e controlo da covid-19".
Vários epidemiologistas acreditam que esta estirpe é até 70% mais contagiosa, informação que levou vários países a restringirem as viagens de e para o Reino Unido.
Uma variante mais contagiosa poderá ser sinónimo de restrições e confinamentos generalizados em vários países para mitigar a propagação da pandemia, decisões que poderão atrasar ainda mais a recuperação económica global.
A notícia da entrada desta variante na China surge numa altura em que as autoridades chinesas deram, pela primeira vez, luz verde à comercialização de uma das vacinas contra a covid-19 desenvolvidas no país, pela Sinopharm e a subsidiária Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.
Ambas as empresas solicitaram à entidade reguladora chinesa, na quarta-feira, a aprovação da vacina, após terem informado que a eficácia é de 79,34%, de acordo com dados provisórios dos ensaios clínicos da fase 3.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.