"Vamos fazer um último esforço", apelou hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do gabinete do Governo, que decidiu prolongar este confinamento por duas semanas após o registo, na segunda-feira, do maior número de casos desde setembro, com 8.000 novas infeções.
O chefe do Governo considerou que a epidemia "está a alastrar-se a uma velocidade recorde devido à mutação britânica" e, por isso, defendeu, junto dos seus ministros, um confinamento total "de imediato", noticia a agência Efe.
Sem a aprovação do parlamento israelita, os cidadãos de Israel enfrentarão maiores restrições a partir de quinta-feira, incluindo a limitação de mobilidade a um quilómetro de suas casas e a limitação a cinco pessoas em reuniões em interiores e a dez ao ar livre.
Todas as escolas do país serão encerradas, com a exceção de escolas de educação especial, ficando suspensas as atividades desportivas profissionais.
No que toca a viagens ao estrangeiro, que já contavam com restrições para os residentes, apenas poderão viajar os que já compraram bilhete e, a partir de quinta-feira, será necessária uma permissão especial.
Israel iniciou no passado dia 27 de dezembro o seu terceiro confinamento nacional devido à covid-19, não tendo conseguido limitar a curva de contágios.
O país iniciou há pouco mais de duas semanas uma campanha de vacinação rápida, que permitiu administrar a primeira dose da vacina a quase 15% da sua população de nove milhões, embora seja esperado que a velocidade do processo diminua para garantir a segunda dose, necessária para obter a imunidade.
Segundo o noticiado pelo portal israelita Ynet, a empresa Clalit, uma das maiores empresas do setor sanitário israelita, afirmou hoje que suspenderá a administração de novas primeiras doses da vacina até que a segunda seja inoculada aos já vacinados.
O país espera o fornecimento de três milhões de vacinas da Pfizer em fevereiro e seis milhões da Moderna em março ou abril.
Israel registou mais de 456 mil infeções e 3.496 mortes desde o início da pandemia, sendo que 828 pessoas permanecem hospitalizadas em estado grave, segundo os dados mais recentes do país.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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