De acordo com o coordenador da Assistência Humanitária da ONU, Mark Lowcock, foram destinados 1,5 milhões de dólares (1,2 milhões de euros) para apoiar as ações do Programa das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) neste país africano.
Na sua conta numa rede social, Mark Lowcock escreveu que o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) está a fumigar plantações e a fazer a vigilância dos campos de alimentos.
Desde o início do ano passado, as operações de controlo dos gafanhotos do deserto no leste da África e no Iémen evitaram a perda de quase 2,7 milhões de toneladas de cereais, quantidade suficiente para alimentar 18 milhões de pessoas durante um ano.
Em termos financeiros, estas ações evitaram um prejuízo na ordem dos 800 milhões de dólares (cerca de 651 milhões de euros).
As Nações Unidas informaram que as nuvens de gafanhotos começaram a formar-se no leste da Etiópia e no centro da Somália após a passagem do ciclone Gati.
A invasão está a registar-se pelo nordeste do Quénia desde 21 de dezembro, esperando-se que se espalhe por todos os condados do norte e do centro do país.
Se não for controlada, uma invasão de gafanhotos pode destruir plantações e pastos e ameaçar a existência e a segurança alimentar de 3,6 milhões de pessoas, na África e no Iémen. Apenas no Quénia, pode atingir até 173.000 pessoas.
Por esta razão, a FAO prolongou o plano de combate aos gafanhotos do deserto até junho deste ano, mas o problema prende-se com o necessário financiamento, que é urgente, para conter a ameaça e salvar as plantações do leste da África.