Diretora-geral de Saúde da UE rejeita críticas de escassez de vacinas
A diretora-geral de Saúde da Comissão Europeia, responsável pela negociação dos contratos de vacinas contra a covid-19, garantiu hoje que a carteira adquirida pela Comissão Europeia é mais do que suficiente, e antecipou que tal será visível no segundo trimestre.
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Mundo Covid-19
Num debate com a comissão parlamentar de Saúde Pública do Parlamento Europeu (PE), Sandra Gallina rejeitou assim as críticas -- muitas das quais oriundas da Alemanha -- à alegada lentidão da disponibilização de vacinas na UE, argumentando que a Comissão Europeia não poderia ter feito mais e que é natural no começo do processo não haver uma "abundância" de vacinas como muitos gostariam.
"Assisti a um grande debate sobre os números [de doses adquiridas]. Alguns imaginaram que se podia comprar mais. Posso dizer que fomos muito longe e comprámos tudo o que podíamos", declarou.
A Comissão Europeia concluiu hoje conversações com a farmacêutica Valneva para aquisição da sua potencial vacina contra a covid-19, num total de 60 milhões de doses para disponibilizar à União Europeia, sendo este o oitavo fármaco garantido por Bruxelas.
A UE dispõe assim de uma carteira de oito potenciais vacinas contra a covid-19, entre as quais a da Pfizer/BioNtech, já aprovada e a ser utilizada na UE desde final de dezembro, a da Moderna, aprovada no início de janeiro e que chegará aos países europeus ainda esta semana, e a desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a universidade de Oxford, que deverá também receber 'luz verde' da Agência Europeia do Medicamento até final do corrente mês.
Sandra Gallina manifestou-se convicta de que no segundo trimestre deste ano já haverá efetivamente abundantes doses de vacinas para serem administradas em toda a UE.
O outro grande tópico do debate na comissão parlamentar foi o da transparência nas negociações do executivo comunitário com as farmacêuticas, tendo neste caso a diretora-geral como 'trunfo' a novidade de um dos contratos -- com a CureVac -- ter sido disponibilizado para consulta dos eurodeputados, numa "sala de leitura" disponibilizada para o efeito, devendo os membros do Parlamento Europeu assinar um termo de confidencialidade.
"Começamos com um contrato, porque a empresa em causa concordou. Espero que as outras vão, uma a uma, concordando em revelar os contratos. Nós não temos qualquer problema", garantiu, falando em nome da Comissão.
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