A incidência da perda de anticorpos é maior em pacientes que testaram positivo para a doença e não apresentaram sintomas (26%), enquanto que no grupo de sintomáticos, a percentagem foi de 18,1%.
"Ao retestar, não foram encontrados anticorpos num quinto da população", explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, em conferência de imprensa.
Os resultados fazem parte do primeiro inquérito sorológico realizado com a população da cidade de São Paulo este ano e do estudo que retestou a população, realizado com pessoas que já haviam participado no inquérito sorológico em 2020.
O estudo de retestar a população, inédito no Brasil, teve como objetivo investigar uma eventual queda de anticorpos em 1.097 pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus num inquérito sorológico efetuado no ano passado. Contudo, desse total, apenas 707 cidadãos foram efetivamente testados, seguindo o mesmo método de teste utilizado nos inquéritos sorológicos anteriores.
"Em relação à idade das pessoas testadas, não houve diferença na deteção de anticorpos", frisou ainda o estudo realizado em São Paulo, cidade com cerca de 12,3 milhões de habitantes e capital do estado homónimo.
O Estado de São Paulo, o mais rico e populoso do país, é o foco da pandemia no Brasil, concentrando 1.590.829 casos de infeção e 49.289 mortes devido à covid-19.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (207.095, em mais de 8,3 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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