"Não há tempo a perder, é preciso atuar agora" para travar pandemia

O Presidente eleito dos Estados Unidos afirmou que "não há tempo a perder, é preciso atuar e atuar agora", ao anunciar o plano para travar o impacto da pandemia de covid-19 e apoiar a economia.

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Lusa
15/01/2021 06:27 ‧ 15/01/2021 por Lusa

Mundo

EUA

Num discurso ao país, na quinta-feira, Joe Biden apresentou o "plano de resgate e recuperação em dois passos" do país, o primeiro em número de óbitos causados pela covid-19, mais de 300 mil, e de casos, que ultrapassam já os 23,3 milhões.

O plano, que vai ser apresentado ao Congresso norte-americano, prevê aplicar uma injeção de 1,9 biliões de dólares (quase 1,6 biliões de euros) em medidas de aceleração da vacinação contra a covid-19 e de assistência financeira a indivíduos e empresas.

"Não há tempo a perder, é preciso atuar e atuar agora", sublinhou o líder democrata que, na quarta-feira, vai tomar posse como o 46.º Presidente dos Estados Unidos.

Biden lamentou que, nesta crise, "milhões de norte-americanos, sem qualquer culpa, tenham perdido a dignidade e o respeito que traz um trabalho e um salário", numa alusão ao aumento do desemprego causado pela covid-19.

O democrata alertou ainda para a situação de milhões de pessoas desempregadas que enfrentam a possibilidade de serem desalojadas ou terem de recorrer à ajuda de bancos alimentares.

Pelo menos 18 milhões de norte-americanos estão dependentes do subsídio de desemprego e cerca de 400 mil pequenas empresas fecharam portas, acrescentou.

O futuro governante indicou que o primeiro passo do plano é enfrentar a crise sanitária causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 e prestar "assistência financeira direta aos norte-americanos".

Sobre o segundo passo, Biden garantiu que será anunciado em fevereiro, durante uma sessão conjunta do Congresso, e vai incluir investimentos em diferentes áreas, como infraestruturas e energias limpas.

"Não é difícil ver que estamos no meio de uma crise económica, que ocorre uma vez em várias gerações, com uma crise de saúde que sucede uma vez em várias gerações", afirmou Biden, admitindo "existir uma dor real que oprime a economia real".

Por outro lado, o democrata salientou a urgência em travar a expansão da pandemia, que atingiu fortemente o país, e lamentou que o lançamento da vacina "tenha sido um fracasso até agora".

"Amanhã [sexta-feira] vou apresentar o nosso plano de vacinação para corrigir o rumo e cumprir a nossa meta de 100 milhões de vacinas no final dos nossos primeiros 100 dias", antecipou o futuro inquilino da Casa Branca, afirmando estar disposto a mover "o céu e a terra para que mais pessoas se vacinem".

O Presidente eleito salientou que o pacote de estímulos vai procurar atribuir uma "ajuda direta às pessoas que mais necessitem" de até dois mil dólares (cerca de 1.600 euros), a partir dos 600 dólares (cerca de 490 euros) aprovados em dezembro pelo Congresso.

Biden prometeu alargar os benefícios do seguro de desemprego e sublinhou que vai abordar "a crescente crise de fome nos Estados Unidos".

Leia Também: Biden avança com1,9 biliões para acelerar vacinação e apoiar economia

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