Apesar da pandemia e de todas as restrições associadas a ela, Irene decidiu que não iria deixar que a Covid-19 a impedisse de cumprir o sonho de realizar um intercâmbio escolar ao abrigo do programa Erasmus.
A aluna de Erasmus rumou assim, em outubro passado, à Escócia, país que não fechou portas aos alunos estrangeiros.
A aluna de Estudos Ingleses, de 23 anos, pretendia regressar em dezembro a casa, mas está impedida de o fazer.
Irene contraiu o vírus em outubro e desde então tem estado em isolamento. Três meses após o primeiro diagnóstico, a jovem continua a testar positivo à doença, situação que a impede de voltar a casa, uma vez que sem um teste de PCR negativo a jovem não pode entrar em Espanha. Desesperada com a situação, Irene exige uma solução e apela para que os serviços de saúde escoceses se entendam com os espanhóis.
"Dizem-me que posso voar para Espanha com um teste positivo se um médico atestar em carta que estou curada da Covid-19 e que o que tenho no meu corpo são vestígios da doença, algo que pode ser feito com um teste de anticorpos. A questão é que nenhuma clínica concorda em fazê-lo. Dizem que não estão autorizadas e, entretanto, o consulado espanhol em Edimburgo rejeita que eu possa voar com tal certificado", disse Irene, citada pelo 20 minuto.es.
Irene diz sentir-se presa pela burocracia da situação e congratula-se por, pelo menos, o seu senhorio a ter deixado prolongar a sua estadia. Contudo, diz-se ansiosa por regressar a casa.
Entretanto, a Unizar - uma universidade pública de Zaragoza, a sua terra natal - já se disponibilizou a passar-lhe o certificado em causa, contudo, a situação pandémica piorou na Escócia e neste momento as pessoas estão, apenas, autorizadas a sair de casa para trabalhar.
Irene diz-se desesperada por uma solução.
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