O mecanismo de partilha de vacinas da UE é uma demonstração de solidariedade e "os que mostram apoio a os seus parceiros com doses e ações não serão esquecidos, mas os que não auxiliam serão lembrados por razões muito diferentes e estou determinada a que a Europa fique do lado certo da história e da humanidade".
Através do mecanismo, a UE -- que tem já asseguradas 2,3 mil milhões de doses - irá canalizar vacinas para a covid-19 ou diretamente ou através do consórcio Covax para países vizinhos dos Balcãs Ocidentais e os parceiros orientais e do Norte de África.
A líder do executivo comunitário, intervindo num debate no Parlamento Europeu sobre as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, reconheceu que "alguns perguntarão como é que podemos estar a falar de partilhar as vacinas com outros quando ainda não estamos todos vacinados".
"A estes eu respondo: esta não é apenas uma questão de solidariedade, mas também de interesse próprio, só juntos conseguiremos sair desta pandemia. Isto é válido para a nossa saúde, para as nossas economias, para as nossas cadeias de abastecimento e também para a nossa credibilidade e influência geopolítica", disse.
O primeiro-ministro, António Costa, na condição de presidente em exercício do Conselho da UE, debateu hoje as prioridades da presidência portuguesa para o primeiro semestre do ano.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.