A greve de fome, que está a decorrer na capital peruana, é a mais recente ação de protesto dos profissionais de saúde como pedido ao Governo para verem melhoradas as condições de trabalho.
A equipa médica está em protesto há uma semana em Lima, justamente quando começou uma segunda vaga de infeções de covid-19 no país sul-americano, noticia a agência AP.
"Estamos preocupados com o abandono dos nossos médicos e a falta de boas condições de trabalho", destacou Teodoro Quinones, um dos médicos que aderiu à greve de fome.
Quinones realçou ainda que continua a haver a "falta de oxigênio e medicamentos".
"Os compromissos económicos que o Governo tinha prometido não foram cumpridos e nada acontece neste momento", frisou.
O também secretário-geral do sindicato que representa os médicos que trabalham nos hospitais públicos do Peru irá manter-se numa tenda improvisada à porta do Ministério do Trabalho e da Saúde durante a greve.
Na quarta-feira, Quinones deitou-se em colchões no meio da rua e recebeu líquidospor via intravenosa.
O Peru registava na terça-feira 1.073.214 casos de covid-19 e 39.044 mortes, segundo os dados divulgados pela autoridade de saúde.
Teodoro Quinones salientou ainda que qualquer melhoria nas condições de trabalho dos médicos beneficiará a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
E realçou que os médicos não exigem salários mais altos, mas apenas melhores condições de trabalho.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.465pessoas dos581.605casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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