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Fosso entre países ricos e pobres na capacidade de vacinação preocupa OMS

O fosso entre países ricos e pobres na capacidade de vacinação contra a covid-19 está a aumentar e preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), admitiu hoje o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Fosso entre países ricos e pobres na capacidade de vacinação preocupa OMS
Notícias ao Minuto

21:42 - 25/01/21 por Lusa

Mundo OMS

A OMS continua a precisar de um investimento de 26 mil milhões no seu dispositivo para acelerar o acesso a ferramentas de combate à pandemia e, de acordo com um estudo da Câmara de Comércio Internacional, citado por Tedros, "o nacionalismo da vacinação pode custar à economia global até 9,2 biliões de dólares".

"Quase metade desse montante, cerca de 4,5 biliões, serão perdidos pelas economias mais ricas", acrescentou.

Na conferência de imprensa bissemanal da organização, o responsável máximoda OMS lembrou ainda que o programa para acelerar o acesso a ferramentas de combate à covid-19, denominado Acelerador ACT, ainda precisa de cerca de 26 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de 21,4 mil milhões de euros.

Lançado no final de abril de 2020, o Acelerador ACT pretende acelerar o desenvolvimento e produção de produtos de diagnóstico, tratamentos e vacinas contra o novo coronavírus, além de garantir um acesso equitativo aos mesmos.

"O nacionalismo da vacinação pode servir objetivos políticos de curto prazo, mas é do interesse económico a médio e longo prazo que todas as nações apoiem a equidade da vacinação", insistiu Tedros.

"Enquanto não metermos fim à pandemia em toda a parte", advertiu o diretor-geralda OMS, "não vamos conseguir acabar com ela".

"Os países ricos estão a lançar vacinas, enquanto os países menos desenvolvidos do mundo observam e esperam. A diferença ente os ricos e os pobres aumenta a cada dia que passa", concluiu Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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