Mais 627 mortes e 26.816 infeções no Brasil nas últimas 24 horas

O Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia, contabilizou 627 mortes e 26.816 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

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© Fernando Souza/picture alliance via Getty Images

Lusa
25/01/2021 22:42 ‧ 25/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

No total, a nação sul-americana concentra agora 217.664 óbitos e 8.871.393 casos positivos de covid-19 desde o início da pandemia, que foi registada oficialmente no país no final de fevereiro último.

Os números de mortes e infeções contabilizados nesta segunda-feira ficaram significativamente abaixo dos registados na semana passada, situação que já é habitual durante e após os finais de semana, devido à redução do número de funcionários que processam os dados dos testes ao novo coronavírus, segundo já explicou o próprio executivo.

A taxa de letalidade da doença no Brasil permanece em 2,5%. Já a taxa de incidência está fixada em 104 mortes e 4.222 casos por cada 100 mil habitantes.

Geograficamente, o foco da pandemia é São Paulo, estado mais rico e populoso do país, que sozinho concentra 1.702.294 infetados e 51.556 vítimas mortais.

Em relação ao número de recuperados, mais de 7,7 milhões de cidadãos diagnosticados já recuperam da doença em território brasileiro, sendo que 944.127 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico.

No momento em que o Brasil enfrenta uma segunda vaga da pandemia, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou hoje não ter dúvidas de que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crimes no combate à covid-19.

Maia defendeu ainda a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e uma investigação por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a conduta do executivo.

"Em relação ao ministro da Saúde, ele já cometeu crime. A irresponsabilidade de orientar o tratamento precoce, (...) de não se ter aliado ao Instituto Butantan para acelerar a vacina. Tudo isso caracteriza crime e a PGR vai investigar", criticou Maia, citado no 'site' da Câmara dos Deputados.

Rodrigo Maia responsabilizou ainda o ministro da saúde pelo agravamento da crise económica no país. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, "se 70% da população fosse vacinada até o meio do ano, a economia poderia crescer 8% e sem a vacina, o Brasil não chega a 3% de crescimento".

"Pela incompetência e irresponsabilidade do ministro da Saúde, vamos ter um crescimento abaixo de 3%, o que significa que vamos perder emprego e rendimentos. A questão da vacina é crucial para qualquer país sair da paralisia na economia", defendeu Maia.´

Em 17 de janeiro, o Brasil aprovou o uso de emergência das vacinas Coronavac e AstraZeneca/Oxford, iniciando imediatamente o seu Plano Nacional de Imunização com seis milhões de doses da fórmula chinesa.

Contudo, ainda na semana passada, as autoridades científicas do Brasil alertaram que a vacinação contra a covid-19 corria o risco de ser paralisada devido à falta de matéria-prima proveniente da China, para a produção de mais doses da Coronavac, assim como pelo atraso na entrega de ingredientes da vacina de Oxford, produzida localmente pela Fiocruz.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: Ex-presidentes do Brasil unem-se em ato pró-vacina em São Paulo

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