Segundo uma notícia publicada na edição de hoje do New York Times, o juiz Arthur Engoron, do Supremo Tribunal de Nova Iorque, ordenou, na sexta-feira, que a Trump Organization entregue ao Ministério Público novos documentos, incluindo trocas de informação com equipas jurídicas, e rejeitou, mais uma vez, as tentativas do grupo de proteger a confidencialidade de certos documentos.
O juiz considerou que o grupo Trump tentou usar o privilégio cliente-advogado para evitar a entrega de documentos que não entram no âmbito daquela regra e deu até 04 de fevereiro para que sejam entregues novas informações aos investigadores.
Trata-se da segunda vez que aquele juiz concorda com a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, que investiga se o ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, inflacionou o valor de alguns imóveis localizados naquele Estado, para obter empréstimos e se, ao mesmo tempo, os desvalorizou para reivindicar isenções fiscais.
A investigação começou em 2019, após revelações do ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, que deram início a um processo criminal conduzido pelo promotor público Cyrus Vance, sob sigilo sumário.
Ambos os processos podem complicar os problemas legais de Trump, que deixou a Presidência em 20 de janeiro, assumida pelo democrata Joe Biden.
A procuradora-geral de Nova Iorque está a investigar negócios de Trump e da sua família, através da Trump Organization, como a reestruturação financeira de um projeto imobiliário e hoteleiro em Chicago, pelo qual a Fortress Credit Corporation perdoou uma dívida de mais de 100 milhões de dólares e que deveria ser contabilizada como rendimentos nas declarações fiscais.
Letitia James está também a investigar o negócio que envolve uma mansão no interior do Estado de Nova Iorque, no condado de Westchester, propriedade da família Trump, pela qual recebeu incentivos fiscais, argumentando que o terreno era dedicado à conservação da natureza.
A investigação concentra-se em determinar se, com o recurso ao argumento da conservação da natureza, a Organização Trump reivindicou 21 milhões de dólares em isenções a que não tinha direito.
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