Avaria em frigorífico de hospital levou centenas a filas para vacinação
Possibilidade de ter que deitar ao lixo 1.600 doses da vacina levou autoridades de Saúde a chamar população. Foram todas administradas numa noite.
© David Ryder/Getty Images
Mundo Covid-19
Centenas de pessoas acorreram à possibilidade de serem inoculadas contra a Covid-19, em Seattle, Washington, na passada sexta-feira à noite, depois de ter avariado o frigorífico que estava a guardar 1.600 doses da vacina da Moderna num hospital da cidade.
A avaria aconteceu no Hospital Kaiser Permanente e significou que as vacinas em causa teriam que ser administradas num curto espaço de tempo, sob o risco de se tornaram menos eficazes e terem que ser descartadas. As autoridades de Saúde rapidamente contactaram dois outros hospitais da cidade e foi lançado um alerta, por volta das 23 horas (hora local) de sexta-feira, avisando os residentes que poderiam ser vacinas se se apresentassem imediatamente.
"Temos que colocar estas 1.600 doses nos braços das pessoas nas próximas 12 horas", disse a diretora do sistema de saúde local, Susan Mullaney, numa conferência de imprensa, nessa noite.
Conforme descreve o New York Times, em meros minutos, havia longas filas de pessoas em, pelo menos, dois centros médicos. Por volta das 3h30 da madrugada de sábado, todas as vacinas estavam administradas.
Esta situação foi mais uma das várias ocorrências nos Estados Unidos em que um problema no processo de vacinação forçou as autoridades de Saúde a ministrar as vacinas nas primeiras pessoas a aparecer para as tomar. Segundo escreve o diário, este é um resultado das características das duas vacinas já aprovadas no país: ambas têm que ser mantidas no frio.
A situação encontra paralelo no que aconteceu esta semana em Portugal, na direção regional do INEM do Norte. O diretor regional do INEM no Norte, António Barbosa, assumiu no sábado que tinha autorizado a vacinação de 11 funcionários de uma pastelaria próxima, tendo rejeitado que se tratasse de favorecimento, mas sim para evitar o desperdício das doses de vacina.
Ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, o responsável acabou por ser penalizado pelo seu processo de decisão, tendo colocado o seu lugar à disposição, algo que foi aceite este domingo pelo conselho diretivo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
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