Myanmar. Espaço aéreo encerrado após golpe de Estado
A agência governamental birmanesa responsável pelas viagens aéreas suspendeu hoje todos os voos de passageiros no país, após o golpe de Estado levado a cabo pelo exército, anunciou a própria agência, citada pela Associated Press.
© Reuters
Mundo Myanmar
A embaixada dos Estados Unidos em Myanmar (antiga Birmânia) indicou na sua página de Facebook que a estrada para o aeroporto internacional de Rangum, a maior cidade do país, foi fechada, e no Twitter acrescentou que "todos os aeroportos estão fechados".
A mesma embaixada emitiu também um "alerta de segurança", dizendo estar ciente da detenção da líder de Myanmar, Aung San Suu Kyi, bem como do encerramento de alguns serviços de Internet, incluindo em Rangum.
"Há potencial para agitação civil e política na Birmânia e continuaremos a monitorizar a situação", escreveu a embaixada, usando a designação anterior de Myanmar.
O Departamento de Estado norte-americano emitiu anteriormente um comunicado no qual se mostrou "alarmado" com o golpe militar de hoje.
Também a China, um dos parceiros económicos mais importantes do país ao investir milhares de milhões de euros em minas, infraestruturas e gasodutos, disse estar a recolher informações sobre os desenvolvimentos de hoje.
"A China é um vizinho amigo de Myanmar. Esperamos que todos os partidos em Myanmar lidem adequadamente com as suas diferenças de acordo com a estrutura constitucional e legal e mantenham a estabilidade política e social", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estangeiros, Wang Wenbin.
Enquanto o Partido Comunista Chinês tende a favorecer regimes autoritários, tem uma história turbulenta com os militares do Myanmar, por vezes relacionada com as campanhas contra grupos étnicos minoritários chineses e ao tráfico de drogas ao longo da sua fronteira montanhosa.
O Japão, a França e o Reino Unido também condenaram o golpe de Estado, pedindo a libertação dos presos políticos.
O Exército da Birmânia prendeu hoje a chefe do governo civil birmanês, Aung San Suu Kyi, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais.
De acordo com os militares responsáveis pelo golpe, a ação foi necessária para preservar a "estabilidade" do Estado birmanês.
Numa mensagem difundida pelo Facebook, os autores do golpe de Estado referem que "prometem" novas eleições "livres e justas" dentro de um ano, depois do fim do estado de emergência imposto hoje.
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