"<span class="news_bold">Nós, o movimento Homens de Dignidade e a Brigada da Montanha, as duas maiores fações militares de Sueida, anunciamos a total disponibilidade para nos integrarmos numa estrutura militar sob a bandeira de um novo exército nacional, cujo objetivo é proteger a Síria", afirmaram os dois grupos numa declaração conjunta.
Sueida é um dos redutos da minoria drusa, uma minoria não muçulmana, e foi o epicentro do descontentamento de uma grande parte desta população síria contra o regime do antigo sírio presidente Bashar al-Assad.
As autoridades sírias já haviam anunciado um acordo com os grupos armados que integravam a coligação de grupos rebeldes liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe) que derrubou Assad a 08 de dezembro, para a sua dissolução e integração no Ministério da Defesa.
Num decreto publicado no passado dia 29, o 'Comando Geral' de Ahmad al-Charaa indicou 49 nomes para integrar o futuro exército, entre os quais se encontram rebeldes sírios e antigos oficiais do exército que desertaram no início da guerra civil, em 2011, e se juntaram à rebelião islamista.
O antigo comandante rebelde reiterou também que as Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos e apoiadas pelos Estados Unidos, deveriam ser integradas no futuro exército sírio.
"As armas devem estar exclusivamente nas mãos do Estado. Quem estiver armado e tiver capacidade para ingressar no Ministério da Defesa será bem-vindo", sublinhou, sinalizando que é "nestas condições e nestes critérios" que se devem iniciar negociações, "na esperança de se encontrar uma solução adequada".
Leia Também: Erdogan adverte contra a divisão da Síria e diz estar pronto a intervir