OMS com proteção máxima em visita a laboratório de animais em Wuhan

Especialistas da OMS visitaram o Centro de Controlo de Doenças de Hubei, onde se estudaram os primeiros casos de Covid-19 na China.

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Notícias ao Minuto com Lusa
02/02/2021 07:30 ‧ 02/02/2021 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

China

Uma equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) continua em Wuhan, na China, a tentar juntar elementos que lhe permita perceber onde teve origem a Covid-19.

Os investigadores visitaram o laboratório onde se investiga doenças epidémicas em animais. O centro, situado em Hubei, na província de Wuhan, tem tentado perceber como é que o vírus, que se acredita estar presente em morcegos, foi transmitido aos humanos. O Centro de Controlo de Doenças foi quem lidou com os primeiros casos de Covid-19 na China.

Recorde-se que existem mesmo alegações de que o vírus possa ter sido criado no laboratório.

Fotos desta visita mostram os especialistas a vestirem-se a rigor e em segurança, usando fatos completos e desinfetando os mesmos.

Em declarações aos jornalistas, os especialistas já fizeram saber que as suas investigações estão a decorrer "bem", embora ainda não haja conclusões a revelar. Peter Daszak acrescentou na rede social Twitter que a equipa se reuniu com os colegas chineses encarregados da saúde do gado na província de Hubei, visitou laboratórios e teve uma discussão "aprofundada", com uma sessão de perguntas e respostas.

Os investigadores chegaram à cidade chinesa de Wuhan em janeiro, para procurar pistas e visitar os hospitais que, em dezembro de 2019, trataram os primeiros pacientes, e o mercado de frutos do mar que foi o elo comum dos casos iniciais.

Negociações intensas precederam a visita da OMS a Wuhan, uma vez que a China controla rigidamente informações sobre o vírus.

O Governo chinês promoveu teorias, com poucas evidências, de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus, uma ideia totalmente rejeitada por cientistas e agências internacionais.

Mas, na segunda-feira, funcionários da OMS em Genebra negaram as sugestões de que a equipa de especialistas não está a obter o acesso desejado ou dados suficientes.

A líder técnica da OMS para a COVID-19, Maria Van Kerkhove, disse que a equipa planeia ainda visitar o Instituto de Virologia de Wuhan.

Michael Ryan, chefe de emergências da OMS, disse que a agência continua a pedir mais dados, e que qualquer pessoa com informações sobre como a pandemia começou deve compartilhá-los com a organização.

Os dados que a equipa da OMS recolher em Wuhan serão o ponto de partida para o que se espera ser um trabalho de investigação que pode demorar anos.

Determinar a origem de um surto requer uma grande quantidade de pesquisas, incluindo amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos.

A China restringiu amplamente a transmissão doméstica por meio de testes rigorosos e rastreio das cadeias de transmissão. O uso de máscaras em público é cumprido com rigor quase absoluto e bloqueios imediatos são impostos sempre que são detetados casos num determinado distrito ou cidade.

A China detetou 12 casos por contágio local na segunda-feira, a maioria na província de Heilongjiang, perto da Sibéria, onde o inverno é rigoroso.

As viagens foram drasticamente reduzidas durante o feriado do Ano Novo Lunar deste mês, com o Governo a oferecer incentivos para que os trabalhadores não regressem às respetivas terras natais durante a festa mais importante para as famílias chinesas.

Leia Também: Covid-19. OMS visita organismo que lidou com primeiros casos do vírus

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