Mais de 100 milhões de doses de vacinas administradas em todo o mundo

Mais de 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 foram administradas no mundo, menos de dois meses após o lançamento, no início de dezembro, das primeiras campanhas de vacinação em massa, segundo um relatório da agência France-Presse.

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Lusa
02/02/2021 11:57 ‧ 02/02/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Até às 08h00 de hoje, pelo menos 101.317.005 injeções foram realizas em pelo menos 77 países ou territórios, de acordo com uma contagem feita pela AFP a partir de fontes oficiais.

 Israel lidera

Israel é, de longe, o país mais avançado na corrida pela imunização, tendo mais de um terço da população (37%) recebido pelo menos uma injeção.

Um em cada cinco israelitas (21%) já recebeu a segunda dose, completando o processo.

Todas as vacinas que circulam atualmente no mundo necessitam de duas doses para conferir uma imunização ideal.

Privilégios de países ricos

Os países de altos rendimentos (conforme definição do Banco Mundial), que abrigam apenas 16% da população mundial, concentram 65% das doses administradas em todo o mundo. Além de Israel, são essencialmente países da América do Norte, Europa e Golfo.

Na liderança estão o Reino Unido (9,8 milhões de doses para 13,7% da população), os Estados Unidos (32,2 milhões de doses, 7,9%), os Emirados Árabes Unidos (3,4 milhões de doses, sem dados sobre o número de pessoas) ou a Sérvia (6,2%).

Na União Europeia, 12,7 milhões de doses foram administradas a 2,3% da população. Entre os 27, o pódio é composto por Malta (5,4%), Dinamarca (3,2%) e Polónia (3,1%).

Já os gigantes China e Índia, classificados nas categorias de rendimentos intermédios, administraram, respetivamente, 24 e quatro milhões de doses, mas estão atrasados em proporção à população.

Países pobres "esperam"

Mais de um terço da população mundial (35%) vive em países que ainda não começaram a imunização. São, em sua maioria, países desfavorecidos, que "olham e esperam", nas palavras do chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o grande crítico do "nacionalismo vacinal".

Até ao momento, nenhum país de baixos rendimentos iniciou uma campanha de vacinação em massa. Esses países aguardam as primeiras entregas, previstas para este mês, do mecanismo Covax, criado pela OMS e pela Aliança para Vacinas (Gavi).

Nessa categoria, a Guiné Conacri, que vacinou algumas dezenas de pessoas numa fase piloto, é pioneira.

Alguns países ricos, como o Japão, Coreia do Sul ou Austrália, também ainda não começaram a imunizar.

Diplomacia da vacinação

Atualmente, estão sete vacinas em circulação em todo o mundo.

América do Norte, Europa, Israel e países do Golfo optaram principalmente pelas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech (norte-americana e alemã) e pela Moderna (norte-americana), enquanto a vacina britânica AstraZeneca-Oxford, que em breve desembarca na União Europeia após a recente autorização, é administrada principalmente no Reino Unido e na Índia, mas também em Myanmar (antiga Birmânia), Marrocos ou Sri Lanka.

A Índia também depende de uma vacina desenvolvida localmente, da Bahrat Biotech.

A vacina Sputnik V, do centro russo Gamaleya, é administrada na Rússia, mas também na Argentina, Bielorrússia, Sérvia e Argélia.

Quanto às vacinas chinesas, além da China, a da Sinopharm é administrada nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, ilhas Seychelles, Egito, Laos e Sérvia, e a da Sinovac na Indonésia, Brasil e Turquia.

 

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