"Num futuro próximo, queremos iniciar a produção em países estrangeiros para responder à procura crescente em cada vez mais países", disse Dmitri Peskov na sua conferência de imprensa regular.
A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Rússia, a Sputnik V, revelou uma eficácia de 91,6% contra as formas sintomáticas da doença, segundo resultados publicados na terça-feira na revista médica The Lancet e validados por especialistas independentes.
Os resultados corroboram as afirmações iniciais da Rússia, recebidas no outono com desconfiança pela comunidade científica internacional.
Estes dados parecem colocar a Sputnik V entre as vacinas com melhores desempenhos, como a da Pfizer/BioNTech, que anunciou uma eficácia de cerca de 95%, mas utiliza, no entanto, uma tecnologia diferente.
Nas últimas semanas começaram a surgir pressões para que a Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês) avaliasse rapidamente o desempenho da Sputnik V, já utilizada na Rússia e em cerca de 15 países, nomeadamente ex-repúblicas soviéticas como a Bielorrússia e a Arménia, aliados como a Venezuela e o Irão, mas também a Argentina, a Argélia, a Tunísia ou o Paquistão.
Mais do que exportar, a Rússia quer desenvolver parcerias para a produção.
Países como o Cazaquistão, a Índia, a Coreia do Sul e o Brasil já produzem a Sputnik V, embora ainda não a utilizem.
França e Alemanha já se mostraram abertos a utilizar a vacina russa, caso seja aprovada pela EMA.