O grupo Proud Boys, fundado em 2016 e com presença no Canadá, Estados Unidos e outros países, "desempenhou um papel central" no ataque ao Capitólio dos EUA, em Washington, em 06 de janeiro, argumenta o Departamento, num comunicado.
Para o Governo do Canadá, o Proud Boys é "uma organização neofascista que pratica violência política" e cujos membros "defendem ideologias misóginas, islamofóbicas, antissemitas, anti-imigrantes e/ou de supremacia branca".
São várias centenas, ou milhares, os membros do Proud Boys na América do Norte, marcando presença em todas as principais cidades do Canadá, disse um funcionário do Governo.
Também foram incluídos na lista negra de terrorismo três outros grupos associados ao extremismo ideológico violento: a Divisão Atomwaffen, descrita como um "grupo terrorista neonazi internacional", o Movimento Imperial Russo, "grupo nacionalista estabelecido na Rússia" e A Base, um grupo "neonazi", fundado em 2018.
As outras organizações registadas na lista do Governo do Canadá são filiadas a grupos da Al-Qaida - como o Ansar Dine ou a Frente de Libertação de Macina, ambas ativas no Mali - ou ao Estado Islâmico (EI) e às suas filiais no leste asiático, no Grande Saara ou na Líbia.
"Com base nas suas ações e ideologias", o Governo do Canadá acredita que há "motivos razoáveis para acreditar" que esses grupos "participaram conscientemente" ou "facilitaram a atividade terrorista".
O registo não significa que estes grupos tenham "cometido um crime", mas, mesmo assim, considera-se que eles ficam à mercê de verem os seus bens "apreendidos, bloqueados ou confiscados", explica o Departamento de Segurança Pública do Canadá.
A lista negra do Canadá inclui mais de 70 organizações, incluindo a Al-Qaida, o Hezbollah, os talibãs ou o EI.
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