A ERC, que ficou em segundo lugar no domingo nas eleições para o parlamento regional, mas que é o mais votado entre os partidos independentistas, que em conjunto mantêm a maioria no parlamento regional, excluiu qualquer possibilidade de acordo com o Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC-PSOE) que ficou em primeiro lugar, porque não "partilha objetivos" com esta formação política.
Numa conferência de imprensa esta manhã, depois da reunião da direção da ERC, a porta-voz do partido, Marta Vilalta, valorizou de uma forma muito positiva o facto de "o independentismo ter voltado a ganhar as eleições" e ter superado "o objetivo histórico" de ultrapassar 50% dos votos expressos na Catalunha.
A soma dos partidos independentistas ultrapassou pela primeira vez metade dos votos, após várias eleições em que conquistaram a maioria no parlamento regional, apesar de não terem obtido a maioria dos votos.
Isto é explicado pelo facto de o sistema de votação valorizar os votos nas zonas rurais, com menos população.
O partido mais votado nas eleições catalãs, o PSC-PSOE, também afirmou no domingo que pretendia que o seu candidato, o ex-ministro da Saúde espanhol Salvador Illa, se apresentasse à investidura para presidente do executivo regional depois de negociar com todos os partidos com assento parlamentar, excluindo o Vox de extrema-direita.
Os independentistas da ERC afirmam não pretender qualquer tipo de entendimento com o PSC-PSOE na Catalunha, mas isso não os impede de continuarem em Madrid a negociar o apoio à coligação governamental de esquerda liderada por Pedro Sánchez.
Os membros do futuro parlamento regional têm de tomar posse e eleger um presidente da instituição, que irá em seguida decidir quem se irá apresentar a uma investidura à presidência da Generalitat (executivo regional).
Leia Também: Independentistas moderados têm chave do futuro governo da Catalunha