O Ministério da Saúde brasileiro informou, esta quinta-feira, que nas últimas 24 horas, foram registados mais 51.879 casos positivos de Covid-19 e 1.367 óbitos associados ao novo coronavírus no país.
No total, desde o início da pandemia, o país soma 10.030.626 de contágios e 243.457 mortos devido ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a tutela, 8.995.246 pessoas diagnosticadas com Covid-19 já recuperaram e 791.923 encontram-se, neste momento, a ser vigiadas pelas autoridades de saúde.
O país sul-americano, um dos focos mundiais da pandemia e que enfrenta uma segunda vaga da doença e a expansão de uma nova estirpe detetada no Amazonas, teve o seu primeira caso de infeção detetado em 26 de fevereiro de 2020.
Desde então, o Brasil, com cerca de 212 milhões de habitantes, tornou-se no segundo país do mundo com mais mortes devido à covid-19, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro em infeções, depois da nação norte-americana e da Índia.
Além disso, o Brasil é também uma das nações com maior número de recuperados: 8.995.246, sendo que 791.923 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico em território brasileiro, quer em hospitais, quer nas suas residências.
Segundo dados do Governo Federal, a taxa de letalidade da covid-19 permanece em 2,4% e a taxa de incidência é hoje de 116 mortes e 4.773 casos por 100 mil habitantes.
Das 27 unidades federativas do Brasil, São Paulo é a que concentra o maior número de infeções (1.949.459), sendo seguido por Minas Gerais (822.448), Bahia (643.244) e Santa Catarina (627.386).
Já os Estados com mais óbitos são São Paulo (57.240), Rio de Janeiro (31.882), Minas Gerais (17.249) e Rio Grande do Sul (11.609).
O agravamento da pandemia no Brasil nas últimas semanas coincide com a disseminação da nova estirpe detetada no Amazonas, que o Ministério da Saúde considera "três vezes mais contagiosa" do que a original da covid-19.
No sentido de travar a propagação do vírus, o Ministério Público (MP) brasileiro entrou hoje na Justiça para que passe a ser obrigatório a exigência de teste negativo à covid-19 para embarque em voos domésticos, tal como já acontece em viagens internacionais.
Segundo o MP, os números do Ministério da Saúde mostram que a pandemia avança de forma descontrolada, com médias superiores a mil mortes diárias nos últimos 15 dias, e que as novas variantes são detetadas com maior frequência em outras regiões além do Amazonas, estado amazónico onde surgiu a nova estirpe.
"De nada serve o distanciamento social e as medidas farmacológicas se for permitido o livre fluxo de infetados em território nacional sem que sejam submetidos a medidas de contenção", indica o recurso interposto conjuntamente por quatro procuradores regionais perante a justiça do Ceará.
"Quando não é viável o encerramento das fronteiras (entre os estados brasileiros), é necessário criar barreiras sanitárias eficazes", acrescentou o texto.
Segundo a petição, o transporte aéreo foi justamente o meio que possibilitou a universalização e diversificação da doença.
[Notícia atualizada às 22h17]
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