O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, anunciou este sábado que a Rússia aprovou o uso da sua terceira vacina contra a Covid-19, a CoviVac, avança a Reuters. Esta vacina está a ser desenvolvida pelo Centro Chumakov e, tal como sucedeu com as duas anteriores, foi aprovada ainda antes de serem conhecidos os resultados dos ensaios clínicos de larga escala.
“Hoje, a Rússia é o único país a ter três vacinas contra a Covid-19”, disse Mishustin. A CoviVac requer a inoculação de duas doses, que devem ser administradas no espaço de 14 dias.
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, foi a primeira vacina a ser aprovada pela Rússia, em agosto. Aliás, foi mesmo a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aprovada no mundo, embora a sua efetividade tenha suscitado dúvidas entre a comunidade científica internacional por ter sido aprovada antes de ter início a fase final dos ensaios.
No entanto, os resultados da fase 3 dos ensaios clínicos, que foram validados por especialistas independentes, indicaram que a Sputnik V tem uma eficácia de 91,6%. Mais de dois milhões de russos já foram inoculados com a primeira dose desta vacina.
A segunda vacina foi desenvolvida pelo Instituto Vector e está agora a começar a ser administrada.
A CoviVac é uma vacina diferente das outras duas. Foi concebida a partir de um coronavírus inativado, ou seja, que perdeu a sua capacidade de se replicar. “A vacina que desenvolvemos… reflete toda a história da Rússia, assim como da ciência global das vacinas”, afirmou Aidar Ishmukhametov, o diretor do Centro Chumakov.
A principal vantagem da CoviVac é que oferece uma resposta imunitária mais ampla, que deve proteger de qualquer estirpe do SARS-CoV-2, revelou o virologista Alexander Chepurnov ao Lenta.RU.
As primeira 120 mil doses da CoviVac vão ser produzidas para fazerem parte do programa de vacinação russo já a partir de março, adiantou o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin.
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