"Apelamos a NikolPashinyan a não conduzir o país para a guerra civil e ao derramamento de sangue. Pashinyantem uma última oportunidade de sair sem problemas", disse o Partido para aProsperidade da Arménia.
Trata-se da principalformação partidária da oposição do país que toma assim a mesma posição do Estado-Maior do Exército que pediu hoje a demissão do chefe do Executivo.
NikolPashinyanconsiderou que a situação é "tensa" mas passível de ser gerida, depois de ter acusado o Estado-Maior do Exército de "tentativa de golpe de Estado" tendo encabeçado, entretanto, uma marcha de apoiantes do governo na capital do país.
"A situação é tensa mas toda a gente concorda que os confrontos não devem ter lugar (...) a situação pode ser gerida", disse o primeiro-ministro num discurso proferido com a ajuda de um megafone durante uma concentração, hoje, em Erevan.
OEstado-Maior do Exército difundiu hoje um comunicado em que pedea demissão do primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, e assinado pelas altas patentes militares da Arménia.
A posição dos militares foi desencadeada depois da demissão do vice-chefe do Estado-Maior, pelo primeiro-ministro, no princípio do mês de fevereiro.
Pashinyanconsiderou "tentativa de golpe de Estado" o comunicado dos militares e pediu o afastamento do oficial mais graduado.
Os desenvolvimentos ocorrem depois de manifestações durante o último fim de semana em que foi exigida a demissão do chefe do Executivo.
Os protestos contra Pashinyancomeçaram em novembro de 2020 depois do acordo de cessar-fogo com o Azerbaijão em que a Arménia foi obrigada a ceder territórios na província do Nagorno-Karabakh.
O acordo pôs fim a seis semanas de guerra entre os separatistas do Nagorno-Karabakh em que morreram milhares de pessoas.
O contencioso entre a Arménia e o Azerbaijão sobre o território separatista prolonga-se desde o início dos anos 1990.
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