Reino Unido: MI5 reforça segurança a potenciais alvos do Kremlin

A agência de inteligência também acredita que a Rússia está a tentar reconstruir a sua rede de espionagem em solo britânico.

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Notícias ao Minuto
03/03/2021 23:24 ‧ 03/03/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

O MI5 decidiu reforçar a segurança em torno de potenciais alvos do Kremlin a viver no Reino Unido. A Rússia mantém um “interesse ativo” num conjunto de pessoas, revelaram dois agentes seniores à Sky News.

“A razão pela qual temos uma conhecimento bastante desenvolvido das pessoas em risco (…) é porque sabemos que o estado russo continua a ter interesse em pessoas que consideramos estarem em risco”, assinalou um dos agentes.

“E não é um interesse passivo. É um interesse muito ativo. Pensamos que ainda estão provavelmente a tentar recolher informações das pessoas. Para que fim? Não é imediatamente claro, mas não vamos correr o risco de descobrir que as informações que estão a recolher são para algum tipo de ataque físico”, acrescentou.

Continua fresca na memória dos agentes do MI5 o envenenamento de Sergei e Yulia Skripal em Salisbury, no ano de 2018. A Rússia negou sempre ter estado envolvida no envenenamento com o agente nervoso Novichok.

O número de pessoas que viram a sua proteção ser reforçada está na ordem dos dois dígitos. O MI5 não divulga nomes, mas a lista deve incluir antigos agentes russos, como era o caso de Skripal, cidadãos russos bem relacionados, e ainda pessoas de outras nacionalidades que podem ser consideradas incómodas para o Kremlin.

O MI5 também acredita que a Rússia está desejosa reconstruir a sua rede de espionagem no Reino Unido, isto depois de os seus agentes terem sido expulsos da embaixada russa em solo britânico após o ataque em Salisbury.

À Sky News, os dois agentes do MI5 admitiram que a agência de inteligência foi surpreendida pela ousadia do ataque contra Sergei e Yulia Skripal. “Provavelmente não calculámos o quão determinado e impiedoso o nosso adversário pode ser”, salientou um dos agentes.

Leia Também: Navalny: Rússia considera "inaceitáveis" sanções dos EUA e da UE

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