"A morte dos golfinhos resultou do encalhamento ['beaching'] durante a maré baixa", referiu a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) em comunicado.
Em fevereiro, as autoridades moçambicanas encontraram 111 golfinhos mortos, todos da espécie 'Stenella Longirostris', no arquipélago do Bazaruto, ao largo de Inhambane, sul de Moçambique.
Os resultados preliminares avançam ainda que, entre outras constatações, não existiam sinais de mutilação ou de contaminação por hidrocarbonetos visíveis nos mamíferos, sendo que 23% destes tinham o estômago vazio, o que indica que uma parte dos 111 não estava a alimentar-se no local, indicou a ANAC.
A ANAC referiu ainda que a morte dos golfinhos ocorreu durante ou após o ciclone Guambe, que passou ao largo da costa moçambicana e afetou vários distritos da zona sul em fevereiro.
"Os golfinhos se encontravam na parte oeste da ilha de Bazaruto (área com profundidade que varia entre os três e os sete metros) onde normalmente não têm o hábito de entrar, tendo possivelmente ocorrido uma anomalia de navegação", frisou a organização.
De acordo com as autoridades, fenómeno semelhante tinha sido observado pelos residentes da ilha em 1977 e em 2006, mas com um número menor de animais.
A zona foi o primeiro parque marinho de Moçambique, criado em 25 de maio de 1971, com uma área de 1.430 quilómetros quadrados.
Na área vivem mamíferos como dugongos, baleias e golfinhos, 180 espécies de aves, 45 tipos de répteis, 16 mamíferos terrestres e cerca de 500 de moluscos e 2.000 espécies de peixes.
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