"Há um morto entre os manifestantes em Bignona", em Casamansa, no sul do país, afirmou um comandante 'gendarme', sob anonimato, à agência noticiosa France-Presse.
De acordo com a mesma fonte, ainda não é conhecida a causa da morte do jovem, mas as autoridades dizem que estão a investigar.
O comandante acrescentou que quatro 'gendarmes' ficaram feridos nos confrontos, não tendo apresentado um balanço dos manifestantes feridos.
Esta é a primeira morte anunciada durante os protestos de apoio a Sonko, levado sob custódia policial na quarta-feira na sequência de incidentes a caminho do tribunal, onde iria ser ouvido por acusação de violação.
"Estávamos a caminho da secção de investigação (da polícia), quando fui notificado da sua detenção, sob a acusação de perturbação da ordem pública e de participar numa manifestação não autorizada", disse então Khouraissy Ba, um dos seus advogados, à agência de notícias francesa.
A detenção do deputado, líder do partido Pastef e terceiro nas eleições presidenciais de 2019, é o último episódio de um caso que tem agitado a política senegalesa desde o mês passado.
Sonko, de 46 anos, foi alvo, no início de fevereiro, de uma queixa por violação e ameaças de morte, apresentada por uma empregada de um salão de beleza onde ia receber massagens. O deputado nega as acusações e fala de uma conspiração.
Na manhã de quarta-feira deveria ser ouvido por um juiz, tal como vários outros suspeitos.
Mas no seu percurso por Dacar, sob forte vigilância policial, a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os grupos exaltados, que o acompanhavam, ou se formavam pelo caminho, num braço de ferro que durou várias horas.
A sua detenção levou a uma agitação em várias cidades, incluindo em Dacar e em Casamansa. Nesta última, Sonko goza de um forte apoio, sendo o seu pai originário da região onde também passou parte da sua vida.
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