Israel começa vacinação de palestinianos que trabalham no país
Israel começou hoje a vacinar os palestinianos que têm autorização de trabalho em território israelita em vários centros inoculação contra o covid-19 instalados nas fronteiras militares junto à Cisjordânia ocupada.
© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images
Mundo Covid-19
"Hoje abrimos a campanha de vacinação" para trabalhadores palestinianos, anunciou em comunicado Kamil Abu Rukun, coordenador do COGAT, organismo militar israelita que gere os assuntos civis nos territórios palestinianos ocupados.
A imunização contra o SARSCoV-2é "um interesse sanitário e económico comum" de israelitas e palestinianos que vivem "na mesma região epidemiológica", assinalou.
O processo, realizado por equipas médicas israelitas, vai alargar-se terça-feira às zonas industriais do território da Cisjordânia e prevê-se que sirva para imunizar cerca de 120 mil palestinianos que trabalham nos colonatos de Israel e que contactam diretamente com a população israelita.
A primeira fase da campanha vai prolongar-se durante duas semanas e vai servir para inocular os trabalhadores palestinianos com a primeira dose da vacina.
A segunda fase deve começar no início de abril.
Para serem vacinados, os cidadãos palestinianos devem fazer a marcação junto do empregador israelita, explicou o COGAT.
Calcula-se que cerca de 20% dos trabalhadores palestinianos da Cisjordânia está inserido no mercado de trabalho israelita, tendoas autoridades sanitárias israelitas alertado sobre a necessidade de apoiar a vacinação para garantir a imunização coletiva na região.
Israel, com 9,2 milhões de habitantes, tem a campanha de vacinação contra a covid-19 mais rápida do mundo: quase cinco milhões (mais de 50%da população) já receberam, pelo menos, a primeira dose e 3,7 milhões a segunda dose do composto.
Organizações internacionais instaram Israel a facilitar a vacinação de palestinianos da Cisjordânia e Gaza pela "responsabilidade legal e moral" como "potência ocupante".
Na Cisjordânia, a Autoridade Palestiniana continua à espera de lotes substanciais de vacinas, após vários atrasos, e aplicou 90% das 9.800 doses de que dispõe.
O território da Cisjordânia tem sido afetado com surtos de contágio nas últimas semanas.
No domingo registaram-se mais dois mil casos de covid-19 em apenas 24 horas, um dos valores mais elevados desde o início da pandemia.
Esta situação obrigou a Autoridade Nacional Palestiniana a impor desde sábado o confinamento total.
O aumento dos casos ficou a dever-se à expansão das variantes do vírus, o que fez aumentar os internamentos hospitalares.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.588.597 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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