O diplomata e os três cúmplices belgas de origem iraniana - incluindo um casal detido em 2018 na posse de 500 gramas de explosivos TATP e um detonador, que teriam como alvo um encontro da oposição iraniana nos arredores de Paris, França -dispõem agora de 30 dias para fundamentar uma reabertura do processo, adiantou o tribunal belga de Antuérpia.
Assadi, que à altura dos factos exercia funções na embaixada iraniana em Viena, foi condenado a 4 de fevereiro, em primeira instância, por "tentativa de homicídio de tipo terrorista" e "participação em atividades de um grupo terrorista", juntamente com os restantes cúmplices.
O diplomata de 49 anos, que segundo a acusação era na realidade um agente dos serviços secretos iranianos, foi detido na Alemanha, motivando protestos do Irão junto do embaixador belga em Teerão.
Negando as acusações de ter coordenado a operação e fornecido os explosivos, Assadi não esteve presente nas sessões do julgamento ou na leitura da sentença.
O juiz deu como provado que o atentado à bomba tinha como alvo o encontro anual do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI), coligação de oposição ao atual regime, que estava marcado para 30 de junho de 2018 em Villepinte, arredores de Paris.
O terceiro cúmplice, Mehrdad Arefani -que se apresentava comopoeta dissidente iraniano exilado na Bélgica, mas teria ligações aos serviços secretos iranianos - deveria receber e guiar os bombistas em Villepinte, tendo sido condenado a 17 anos de prisão.
Do casal, a mulher, Nasimeh Naami, foi condenada a 18 anos de prisão, e o marido, Amir Saadouni, a 15 anos.
O tribunal vinculou a condenação dos 2 cúmplices à privação da nacionalidade belga.
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