Num momento em que os especialistas descrevem a situação da saúde no Brasil como "o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história", o país sul-americano volta a apresentar números recorde nos principais indicadores da crise pandémica. Nas últimas 24 horas, foram registados mais 90.303 novos casos de infeção e 2.648 óbitos associados à doença causada pelo vírus SARS-CoV-2.
O balanço de novos casos é o maior desde o início da pandemia no país, a 26 de fevereiro do ano passado, sendo que têm sido alcançados novos máximos sucessivos desde o início de março.
O Ministério da Saúde brasileiro reportou, ainda, mais 2.648 mortes associadas à doença Covid-19, depois de ter sido anunciado um recorde de 2.841 mortes na véspera.
Conforme estabelece a tutela, através do site oficial, o número de casos de contágio acumulados ultrapassa os 11,6 milhões. Já morreram 284.775 pessoas com coronavírus no país lusófono mais afetado pela pandemia.
A incidência de óbitos é agora de 136 por cada 100 mil habitantes e a de contágios é de 5.565 por cada 100 mil habitantes.
Recorde-se que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de investigação da América Latina, considerou que o Brasil vive "o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história" e pediu ao governo que endureça "com urgência" as medidas contra a pandemia.
De acordo com o levantamento, divulgado na noite de terça-feira, o sistema público de saúde brasileiro de 25 dos 27 estados do país registou taxas de ocupação das camas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), voltadas para o tratamento de pacientes graves, iguais ou superiores a 80%, e em 15 regiões já superaram 90% de sua capacidade, situação "absolutamente crítica".
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