Lula da Silva pede a Joe Biden que EUA distribuam excedentes de vacina

Lula da Silva pede ajuda a presidente norte-americano. "Não acredito em meu governo", disse, à CNN, referindo-se à gestão da pandemia.

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© Alexandre Schneider/Getty Images

Notícias ao Minuto
17/03/2021 23:55 ‧ 17/03/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Covid-19

O antigo presidente brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva apelou ao presidente norte-americano, Joe Biden, para que assegure a distribuição igualitária da vacina contra a Covid-19, sugerindo até que os Estados Unidos enviem os seus excedentes para países em necessidade.

"Estou sabendo que os Estados Unidos estão com excesso de vacinas e que não vão usar toda essa vacina. Então essa vacina, quem sabe, pode ser doada para o Brasil, ou para outros países, mais pobres que o Brasil, que não têm dinheiro para comprar vacinas", indicou Lula da Silva, em entrevista à CNN.

O ex-presidente petista sugeriu ainda que Joe Biden organize uma cimeira de emergência sobre o novo coronavírus. "Uma sugestão que eu gostava de fazer ao presidente Biden através do seu programa é: é muito importante que se organize uma cimeira do G20 com urgência", disse.

"A responsabilidade dos líderes internacionais é enorme, então estou pedindo ao presidente Biden que faça isso porque eu não posso… Não acredito em meu governo. E, portanto, não poderia pedir isso para Trump, mas Biden é um alento para a democracia no mundo", acrescentou.

Recorde-se que a campanha de vacinação no Brasil avança lentamente devido à falta de antecipação nas encomendas de doses de vacinas e atrasos nas entregas.

Face à situação que o país atravessa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação da América Latina, considerou que o Brasil vive "o maior colapso sanitário e hospitalar da sua história" e pediu ao governo que endureça "com urgência" as medidas contra a pandemia.

Contudo, Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais negacionistas em relação à gravidade da Covid-19, defende que a população brasileira saia à rua em prol da economia, e "antevê problemas sérios" caso isso não aconteça.

Leia Também: Brasil com mais 2.648 óbitos e 90 mil casos num único dia, um novo máximo

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