Em conferência de imprensa online, para minimizar o risco de contágio, Rui Araújo, coordenador da equipa para a Prevenção e Mitigação da covid-19 da Sala de Situação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), revelou ainda dados que mostram o aumento de testes que estão a ser conduzidos.
Assim, desde o início do ano, as autoridades timorenses realizaram quase 17 mil testes, sendo que praticamente metade foram recolhidos só no mês de março, o que equivale a uma média de 470 nos últimos 17 dias.
Os novos casos em Díli aumentam para 95 os detetados desde 07 de março, com mais três focos, para um total de 27 focos da doença.
Araújo explicou que em Díli dois dos novos casos se registaram na aldeia de São Miguel (Suco Comoro), mais seis casos na Aldeia Avança (Bairro Pité), um caso na Aldeia Metin 3 (Bebonuk), dois na Aldeia Lírio (Motael) e um em Maucocomate (Becora).
Registou-se ainda um novo caso no município de Viqueque, na ponta leste do país, elevando para três o número de casos ativos na região.
Rui Araújo admitiu que neste momento, e dado o número de casos positivos que vão sendo detetados, as autoridades têm "capacidade limitada para testes que não são classificados como rastreio de contactos ou a grupos de risco".
Ainda assim, e "dependendo de caso a caso, os serviços do Laboratório Nacional vão poder responder a outros pedidos", afirmou.
Sobre os locais onde há focos detetados, Rui Araújo disse que para já não há recomendações especiais nessas zonas, "além das medidas de confinamento domiciliário geral para toda a população".
Ao mesmo tempo, Araújo disse que, segundo a avaliação do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), "ainda não há muito respeito pelo confinamento" na capital e que, apesar dos esforços, "ainda não há normalização" das redes de distribuição alimentar, de entrada e saída em Díli.
Em Díli continuam a escassear produtos alimentares frescos, com aumentos já evidentes nos preços, enquanto residentes em vários municípios reportam falta de vários produtos que são normalmente fornecidos a partir da capital, incluindo arroz.
Recorde-se que Timor-Leste tem atualmente casos ativos em cinco regiões e cercas sanitárias com confinamento em três municípios (Dili, Baucau e Viqueque), além de uma cerca sanitária no posto administrativo de Fatumean, junto à fronteira indonésia.
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