Depois de, ontem, ter sido anunciado o maior registo diário de mortes desde o início da pandemia (3.251), o Brasil ultrapassa esta quarta-feira as 300 mil vítimas mortais por causa do novo coronavírus, com mais 2.009 óbitos reportados nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde. O total de vítimas mortais acumuladas é de 300.685, o segundo maior balanço de vítimas mortais do mundo, sendo superado apenas pelos Estados Unidos (mais de 543 mil).
As autoridades sanitárias notificam, ainda, mais 89.992 casos de infeção, uma subida em relação à véspera (82.493). Sublinhe-se que o número de casos tem acompanhado o crescimento do número de óbitos, tendo sido alcançado um novo máximo no passado dia 17 de março (90.303).
O número total de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro, é agora de 12.220.011, segundo o site do Ministério da Saúde.
A taxa de incidência da doença no país é de 143 mortes e 5.815 casos por 100 mil habitantes.
"Uma tragédia sem precedentes, diante da brutal insensatez daqueles que sempre negaram a ciência, ignoraram a dor das famílias, e fizeram da tragédia um palco de intrigas, mentiras e perseguições. O Brasil inteiro está de luto", reagiu, através do Twitter, o petista Camilo Santana, governador do Ceará.
Mais de 300 mil vidas perdidas para a Covid no Brasil. Uma tragédia sem precedentes, diante da brutal insensatez daqueles que sempre negaram a ciência, ignoraram a dor das famílias, e fizeram da tragédia um palco de intrigas, mentiras e perseguições. O Brasil inteiro está de luto
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) March 24, 2021
O deputado federal de Minas Gerais Paulo Guedes, também do PT, expressa sentimentos similares.
Um dia depois de registrar mais de 3mil mortes em 24h, Brasil ultrapassa a triste marca de 300mil vidas perdidas para Covid.
— Paulo Guedes (@deppauloguedes) March 24, 2021
É inaceitável que mais de 2 meses do início da vacinação, o país tenha apenas 5% da sua população vacinada
E o genocida não quer ser chamado de genocida!
Agudizam-se, assim, as críticas ao presidente brasileiro, que, apesar de demonstrar uma mudança de tom em relação à pandemia - criou, um dia depois de o Brasil ter ultrapassado a marca de três mil mortos em apenas 24 horas e um ano depois do início da pandemia, um comité para definir medidas de combate -, é responsabilizado pela má gestão da resposta à crise sanitária.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ontem à Procuradoria-Geral da República (PGR) que denuncie Jair Bolsonaro por crimes na gestão da pandemia da Covid-19.
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