Após seis dias encalhado, o navio porta-contentores Ever Given terá voltado a flutuar parcialmente na noite deste domingo.
A informação é confirmada à Associated Press por um responsável da Autoridade do Canal do Suez. Este confirmou que o navio, preso desde terça-feira nesta travessia marítima, voltou a flutuar parcialmente.
O Canal do Suez, no Egito, é uma das rotas intercontinental mais usadas por navios de grande porte.
O chefe da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, disse através da página oficial no Facebook que "a flutuação do navio Ever Given começou a verificar-se depois de manobras de arrasto efetuadas por reboques".
Rabie acrescentou que após a última tentativa durante a madrugada - em que participaram dez rebocadores - foi possível modificar a orientação do navio porta-contentores "em 80% e afastá-lo da margem do canal 102 metros".
Recorde-se que, este sábado, equipas de resgate conseguiram libertar o leme e as hélices do porta-contentores, segundo uma das empresas que operam no canal, e que continua a dragagem de areias para libertar o casco.
O fornecedor de serviços marítimos Inchcape tinha anteriormente comunicado que o navio "estava a flutuar de novo com sucesso", e que "está a ser protegido no momento". Já a empresa de serviços do canal, Leth Agencies, confirma a informação, notando que não há ainda indicação de quando é que o Ever Given será completamento libertado.
Entretanto, e de acordo com um comunicado da autoridade que gere o navio "as manobras vão recomeçar quando o nível das águas subir mais dois metros, o ponto mais elevado, por volta das 11:30 (09:30 em Lisboa).
Nessa altura vai ser possível alterar completamente a orientação do navio Ever Given colocando-o em paralelo com a margem, ao lado do ponto onde ficou encalhado depois de ter sido afastado devido a rajadas de vento muito forte, durante uma tempestade de areia.
O porta-contentores de 400 metros de comprimento e com capacidade para 224 mil toneladas de carga tem pavilhão do Panamá e é propriedade da empresa Evergreen, de Taiwan.
A situação provocou um congestionamento da via marítima por onde passa cerca de 10% do comércio mundial.
De acordo com a empresa Leth Agencies, especializada em serviços logísticos, 367 embarcações esperam neste momento a passagem pelo canal.
Na noite de terça para quarta-feira, o navio, do tamanho de um arranha-céus, atravessou-se no Canal do Suez, no Egito, segundo as primeiras investigações devido a fortes ventos e a uma tempestade de areia, bloqueando o tráfego marítimo.
[Notícia atualizada às 9h50]
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