"O Brasil manifesta a sua profunda solidariedade às vítimas e ao povo moçambicano, especialmente àqueles que vêm sofrendo, nos últimos anos, com as indiscriminadas e brutais ações terroristas em Cabo Delgado", indicou o Ministério num comunicado difundido na noite de domingo.
O Governo brasileiro, presidido por Jair Bolsonaro, reiterou "o seu firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo" e reafirmou a "sua determinação de trabalhar contra o terrorismo em conjunto com a comunidade internacional", o que "implica investigar e enfrentar decididamente as vinculações transnacionais do terrorismo com várias formas do crime organizado".
"Especificamente, o Governo brasileiro reitera a sua prontidão a cooperar com o governo de Moçambique para combater esse flagelo", conclui o documento.
Dezenas de civis, incluindo sete pessoas que tentavam fugir do principal hotel de Palma, no norte de Moçambique, foram mortos pelo grupo armado Estado Islâmico que atacou a vila na quarta-feira.
A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou hoje o controlo da vila de Palma.
Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas ações já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora existam relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.
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