Ao contrário do ano passado, não era esperada nenhuma declaração do Conselho nem dos membros europeus após a sessão, de acordo com os diplomatas.
Em 31 de março de 2020, Bélgica, Estónia, Alemanha, França e Reino Unido apresentaram um texto a "condenar as ações provocativas" de Pyongyang após lançamento de mísseis.
Hoje, isso "não estava planeado" e "não foi discutido", segundo os diplomatas que falaram sob condição de anonimato.
Tal como no ano passado, a reunião foi solicitada pelos membros europeus do Conselho: França, Estónia, Irlanda, Noruega (dois países que sucederam à Bélgica e Alemanha) e Reino Unido.
Isso irritou Pyongyang, que acusou o Conselho de Segurança na segunda-feira de ter "dois pesos e duas medidas", dependendo se os projéteis são lançados pela Coreia do Norte ou outros países.
Na quinta-feira passada, as forças norte-coreanas dispararam dois mísseis descritos pelos Estados Unidos como mísseis balísticos de curto alcance, algo proibido por várias resoluções da ONU.
Depois desses lançamentos, Washington tomou a opção de solicitar uma reunião do Comité de sanções sobre a Coreia do Norte (onde os 15 membros do Conselho estão representados), que foi realizada na sexta-feira, em vez de uma sessão do Conselho de Segurança.
Uma investigação sobre os disparos foi então solicitada aos especialistas da ONU, responsáveis pela monitorização das sanções.
"Organizamos um Comité de sanções e estamos a estudar outras ações que poderiam ser tomadas aqui em Nova Iorque", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, numa conferência de imprensa conjunta na noite de segunda-feira, com o secretário de Estado, Antony Blinken.
A diplomata, que tem patente de membro do governo dos Estados Unidos, não forneceu mais detalhes.
A Coreia do Norte está sujeita a várias e pesadas sanções económicas do Conselho de Segurança há vários anos por causa dos programas nucleares e balísticos, que estão proibidos.
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