OSCE estende por um ano missão especial na Ucrânia

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estendeu hoje por um ano o mandato da sua Missão Especial de Supervisão (SMM, na sigla em inglês) no leste da Ucrânia, que monitoriza o cessar-fogo assinado em 2015.

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Lusa
31/03/2021 13:54 ‧ 31/03/2021 por Lusa

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"A decisão unânime dos 57 Estados-membros da OSCE de prorrogar o mandato por mais um ano é um sinal de apoio à SMM e o compromisso de reduzir a tensão e promover a paz, segurança e estabilidade na Ucrânia", disse hoje, em comunicado, o chefe da missão, Yasar Halit Cevic.

A decisão de prorrogação deste mandato até 31 de março de 2022 acontece depois de, na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia ter descrito as tentativas feitas por alguns países de bloquear o prolongamento da missão como "inaceitáveis".

Nesta terça-feira, o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Ruslán Jomchak, acusou a Rússia de estar a juntar forças militares na zona do conflito entre os dois países.

Numa intervenção perante o Parlamento ucraniano, Jomchak assegurou que, face a esta situação, tinha sido tomada a decisão de "fortalecer o agrupamento de forças conjuntas no território das regiões de Donetsk e Lugansk, bem como na Crimeia".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, mostrou hoje preocupação de Moscovo sobre a situação nas regiões do leste da Ucrânia.

"Expressamos a nossa preocupação com a tensão crescente e a possibilidade de que o lado ucraniano, de uma forma ou de outra, possa incorrer em provocações que levem à guerra", disse Peskov, numa conferência de imprensa telefónica.

Na terça-feira, Peskov já tinha responsabilizado Kiev pelo impasse no processo de paz e pelo aumento de tensões diplomáticas nas chamadas negociações do Grupo da Normandia (que reúne Ucrânia, Rússia, França e Alemanha), apesar de um cessar-fogo que dura desde julho do ano passado.

Para Peskov, o Governo ucraniano é o principal culpado pela impossibilidade na implementação dos acordos de paz de Minsk, assinados em 2015 e concluídos em Paris no final de 2019, que permitiram uma redução da violência, embora sem garantir uma solução política.

O mais recente incidente grave na zona de conflito aconteceu no dia 26, quando quatro soldados ucranianos morreram durante uma missão de desminagem perto da cidade de Shumy, na região de Donetsk.

O Kremlin reconhece que "as tensões estão a aumentar", mas considera que compete a Kiev demonstrar disponibilidade para o "diálogo sério e construtivo", dizendo que não há motivo para que os dois países não reúnam "ao mais alto nível".

O conflito entre a Rússia e Ucrânia, desde a anexação da Crimeia em 2014, já custou mais de 13.000 vidas.

Leia Também: Rússia e Ucrânia acusam-se mutuamente sobre escalada de violência

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