1.100 soldados norte-coreanos mortos ou feridos na Ucrânia, diz Seul

A Coreia do Sul disse hoje que cerca de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos e que Pyongyang está a preparar-se para enviar mais tropas e armas para a Rússia.

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Lusa
23/12/2024 08:09 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Estimamos que as tropas norte-coreanas, que entraram recentemente em combate contra as forças ucranianas, tenham sofrido aproximadamente 1.100 baixas", um número que inclui mortos e feridos, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês).

 

Num comunicado, o JCS disse ainda que a Coreia do Norte se está a preparar para enviar mais tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatem.

As informações recolhidas pela Coreia do Sul indicam que o Norte "está a produzir e a entregar drones suicidas" à Rússia, acrescentou o Estado-Maior.

Os drones suicidas transportam explosivos e são concebidos para colidir com alvos inimigos, e o líder norte-coreano Kim Jong-un já salientou em novembro a necessidade da "sua produção em massa rápida e em grande escala".

Os militares sul-coreanos acreditam que a Coreia do Norte está a tentar modernizar as suas capacidades de guerra convencional com a assistência russa, com base na sua experiência de combate contra as forças ucranianas.

"Isto pode levar a um aumento da ameaça militar do Norte contra nós", disse o JCS.

Pyongyang enviou cerca de 11 mil soldados para regiões como Kursk nas últimas semanas para apoiar o exército russo, de acordo com estimativas da NATO, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Um alto funcionário militar dos Estados Unidos afirmou na terça-feira passada que centenas de soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com o exército ucraniano na região russa de Kursk.

"Várias centenas de baixas é a nossa última estimativa das perdas norte-coreanas", disse o oficial sob condição de anonimato, acrescentando que a contagem incluía "baixas ligeiras, bem como os mortos em combate".

Na quarta-feira, o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandre Syrsky, afirmou que "durante três dias, o inimigo tem conduzido intensas operações ofensivas na região de Kursk, utilizando ativamente unidades do exército norte-coreano", acrescentando que estas últimas já tinham "sofrido pesadas perdas".

Confrontada com a invasão de Moscovo há quase três anos, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk no início de agosto, a maior ofensiva em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parte deste território.

A Rússia e a Coreia do Norte assinaram um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro, de acordo com a diplomacia russa. O acordo prevê "assistência militar imediata" em caso de agressão armada por parte de países terceiros.

Leia Também: Polícia da Coreia do Sul analisa registos telefónicos do presidente deposto

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